Ana Gabriela Macedo (Portugal) é Professora Associada com Agregação do Instituto de Artes e Humanidades da Universidade do Minho, e Directora do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho. Foi-lhe atribuído o grau de Ph. D. pela University of Sussex, 1990, com a tese "Wyndham Lewis's Literary Work (1908-1928): Futurism, Vorticism and the Poetics of the Avant-garde". Lecciona cursos nas áreas de Literatura Inglesa, Teoria da Literatura, Literatura Comparativa, Estudos de Género e Interdisciplinaridade nas Artes. Realiza investigação nas áreas de Literatura Comparativa, Literatura Inglesa (Modernismo e Pós-modernismo), Estudos de Género e Poéticas Visuais.
 
Ane Lan (Noruega) é um artista que interpreta a história, religião, pós-colonialismo e género por meio do travestismo. Os seus trabalhos são afirmações políticas irónicas sobre as sociedades ocidentais pós-coloniais e a sua relação com o multiculturalismo. As suas personagens femininas questionam as identidades de género recorrendo à pintura clássica, mitologia e textos de referência de autores como Freud, William Blake e Jung.
 
Aurora Reinhard (Finlândia) explora, por meio do seu trabalho, experiências de mulheres, erotismo e transgressão, barreiras de género, marginalidade, alteridade e ainda a construção da feminilidade do ponto de vista dos transexuais. Não é possível analisar os seus personagens recorrendo a categorias de género tradicionais. Ela desafia o pensamento estereotipado dando voz a pessoas socialmente invisíveis, a indivíduos únicos, não os tentando rotular.
 
As High Heel Sisters são um grupo de artistas de performance composto por Malin Arnell (Suécia), Line Skywalker Karlström (Suécia/Dinamarca) Karianne Stensland (Noruega) e Anna Linder (Suécia). O seu trabalho analisa e questiona as normas de comportamento e expectativas da sociedade em relação aos seus membros. Socorrendo-se da teoria crítica feminista examinam os diferentes tipos de privilégios de que os indivíduos podem usufruir em função do seu género, sexualidade e classe.
 
Jane Gilmor (EUA) é artista de Intermedia e Professora de Arte no Mount Mercy College em Iowa. Foi-lhe atribuído o grau de Master of Arts em Pintura e Master of Fine Arts em Intermedia pela Universidade de Iowa. Lecciona cursos de licenciatura nas áreas de Novos Géneros e Intermedia. Lecciona cursos pré-universitários nas áreas de Escultura, Novos Géneros, Desenho, Pintura, Performance e Vídeo, História de Mulheres Artistas, entre outros. O seu trabalho mais recente combina objectos fabricados e feitos à mão, textos encontrados e vídeo para explorar tópicos de identidade, pessoas deslocadas e a construção do mito. Um tema recorrente é o questionamento de mitos culturais, frequentemente sobre mulheres.
 
Jane Jin Kaisen (Dinamarca) é uma artista que trabalha interdisciplinarmente com filme, vídeo, performance, texto e fotografia. Utilizando estratégias antagónicas e construindo narrativas não lineares e com múltiplos níveis de significado, o seu trabalho questiona concepções de subjectividade, discurso e ideologia. Nas suas performances, por meio de identidades híbridas, investiga temas da história e da memória colectiva, noções de raça, género e cultura na Europa pós-colonial contemporânea.
 
João de Oliveira (Portugal) é Investigador de Estudos de Género e Teoria Feminista no Centro de Investigação e de Intervenção Social do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e na Eira 33 (espaço de programação de actividades ligadas às artes performativas e visuais). Foi-lhe atribuído o grau de mestre pelo ISCTE e, em 2004, uma bolsa de doutoramento pela FCT para a realização da tese "O debate português sobre o aborto". No plano da intervenção tem privilegiado a Dança e as Artes Visuais Contemporâneas e foi programador do Festival Temps d'Images - Portugal.
 
O vídeo performativo de Joanna Rytel (Suécia) analisa a construção social da sexualidade nas sociedades ocidentais. Os seus vídeos provocadores quebram as normas de comportamento social permitido aos indivíduos abordando, por meio de humor e ironia, temas tabu como a prostituição, o aborto e o racismo. Os vídeos da artista são constituídos frequentemente por performances eróticas encenadas para animais.
 
Klara Lidén (Suécia) destrói e recria objectos e estruturas do quotidiano. Os espaços e objectos existentes num determinado contexto físico construído são deslocados do seu uso e funções habituais e surgem deste modo novos ambientes perturbadores e transgressores. São estas acções de destruição e recriação que constituem as performances desta artista registadas em peças de vídeo em que se questiona o comportamento e experiências do dia-a-dia dos indivíduos na arena social.
 
Os vídeos documentais, vídeo performativo e performances ao vivo de Lilibeth Cuenca (Dinamarca) utilizam pontos de partida antropológicos e sociológicos para explorar questões de identidade, género, rituais, estruturas de família e grupos sociais. Ela encena-se a si própria e ao seu contexto multi-étnico enquanto filha de mãe filipina e pai dinamarquês. A utilização de humor é crucial para o seu trabalho pois permite-lhe realizar críticas eficazes e endereçar mensagens políticas.
 
O vídeo performativo de Lotte Konow Lund (Noruega) questiona os discursos da psicanálise e do cinema. As suas personae, mentalmente perturbadas e inquietantes, representadas pela própria artista, encontram-se em estados emocionais que passam da assertividade e agressividade extremas à fragilidade e submissão. Provocam sentimentos ambíguos ora de empatia ora de repulsa criando um mal-estar profundo no espectador.
 
Manuela Cristóvão (Portugal) é Professora Auxiliar no DAV da UE, Directora da Comissão de Curso da Licenciatura em Artes Visuais - Multimédia, Presidente da Comissão Científica do DAV e Investigadora do CHAIA na área de Técnicas Mistas Artísticas. Foi-lhe atribuído o grau de Mestre em Comunicação Educacional Multimédia pela Universidade Aberta e o grau de Doutor em Artes Plásticas com a tese "Técnicas Mistas no Campo da Expressão Pictórica" pela UE. Lecciona cursos nas áreas da Pintura, Fotografia e Gravura Artística. Artista, realizou diversas exposições em que utiliza técnicas mistas nomeadamente a fotografia, a pintura e a gravura.
 
Pirjetta Brander (Finlândia) investiga relações interpessoais, a família e hierarquias enquanto estruturas de poder. Segundo a artista, os acontecimentos mais importantes das nossas vidas decorrem no interior das nossas casas, com os nossos familiares. A família é entendida enquanto palco central dos grandes eventos e dramas dos indivíduos.
 
Sanne Kofod Olsen (Dinamarca) é Reitora da Funen Art Academy, Odense, e Professora Associada do Departamento de História de Arte na Universidade de Copenhaga (UC). Foram-lhe atribuídos os graus de can. phil. e mag. art. em História da Arte pela UC com uma especialização em arte e teoria feminista americana. Desde meados dos anos 90 que tem vindo a especializar-se em arte feminista dinamarquesa e em arte contemporânea. Trabalhou na Danish Contemporary Art Foundation (1999-2003) e na Danish Arts Agency (2003-2005). Desde 1994 que é escritora freelancer, oradora e curadora.
 
Teresa Furtado (Portugal) é Assistente no DAV da UE e Investigadora do CHAIA na área da videoarte de mulheres artistas. Foi-lhe atribuído o grau de Master of Arts pelo Royal College of Art, Londres e em 2005 foi-lhe atribuída uma bolsa de doutoramento pela FCT para a realização da tese "Os Territórios Femininos da Videoarte: Crítica e Subversão das Estruturas Patriarcais Ocidentais" na UE. Lecciona cursos nas áreas do Desenho, Pintura e Multimédia. Os seus vídeos mais recentes combinam brinquedos em miniatura e bonecas que utiliza para a desconstrução de contos de fadas numa perspectiva da teoria feminista.
 
The Icelandic Love Corporation (Islândia) é um grupo de três artistas: Sigrún Hrólfsdóttir, Jóní Jónsdóttir e Eirún Sigurdardóttir. que desde 1996 que produzem performance, objectos, e vídeos. As sua performances ritualistas, transgressivas, plenas de humor, ironia e significados implícitos recorrem frequentemente aos contextos políticos e sociais que as envolvem e a acontecimentos da história da arte para elaborarem críticas sociais subtis.